No primeiro artigo da série Fundamentos da Educação Cristã (veja aqui) foi falado à respeito do relativismo e a necessidade de se ter a Bíblia como verdade absoluta. Neste artigo dissertarei sobre as consequências de não assumir esta postura.
Atualmente não é difícil, em horário comercial, assistir nos canais abertos da televisão brasileira conteúdos que desonram os mandamentos de Deus. O cinema e a internet também são grandes fontes de demonstração pública de imoralidade, promiscuidade e liberalismo. Nem sempre foi assim. O cinema americano, com sede em Hollywood, entre os anos de 1930 e 1968, era submetido à um código de ética e conduta, chamado de Código Hays, para que os filmes fossem aprovados. William H. Hays, presbiteriano convicto, ao ver que as apresentações continham conteúdos avessos à vontade de Deus, criou este código para regulamentar a produção das mesmas (1). Hoje, infelizmente, acontece ao contrário: os cristãos financiam a imoralidade e indústria pornográfica.
Ao assistir o filme "A Jornada", pude perceber a aplicação prática desta fatalidade. Umas das frases que mais me marcaram foi a de que "estamos querendo ensinar os mandamentos do Senhor sem o Senhor dos mandamentos". Na época atual pecado significa "não fazer mal a ninguém". Tal concepção retira a autoridade do nome de Deus da aplicação dos mandamentos. Ao dizer "não furtarás" (Êxodo 20:15), devemos entender que é porque "Deus falou estas palavras" (Êxodo 20:1). Umas das estratégias de Satanás é tratar a salvação como uma mera questão de moralidade e caridade, e não como uma questão de fé. Justamente porque somos incapazes de cumprir a lei de Deus e precisamos de um redentor, Deus enviou seu Filho, Jesus Cristo, que morreu por nós e nos redimiu de toda a condenação, de modo que nós não nos gloriemos por nossas obras (Efésios 2:9).
Em Mateus 10:22 Jesus diz: "E, por causa do meu Nome, sereis odiados de todos. Contudo, aquele que permanecer firme até o fim será salvo". Sofremos pelo nome de Cristo quando, ao obedecer os seus mandamentos, somos perseguidos pelo mundo. Cristo, ao nos dar a Grande Comissão nos ordena o ensinamento dos seus mandamentos e, ao mesmo tempo, nos garante que nos sustentará até a consumação dos séculos (Mateus 28:20). Partindo do pressuposto que somos enviados como ovelhas no meio de lobos (Mateus 10:16), devemos fazer como os apóstolos em Atos 5, que ao serem julgados pelo Sinédrio entenderam que a obediência, em primeiro lugar, deveria ser dada à Deus e que, mesmo após a perseguição, puderam estar "contentes por haverem sido considerados dignos de serem humilhados por causa do Nome" (Atos 5:41).
Que nós, cristãos, partindo da análise do Salmos 11:3, possamos preservar os fundamentos e edificar nossa casa sobre a rocha (Mateus 7:24-27), onde, mesmo com a ventania, perseguições, calúnias e afrontas, possamos estar seguros e confiantes de que Deus é o nosso refúgio e fortaleza (Salmos 91:2).
(1) https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Hays
(1) https://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%B3digo_Hays
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